sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Qual o seu monstro no reflexo do espelho?



Antes de tentar coisas estúpidas de que seu monstro é pior ou mais agressivo, lembre-se, cada um tem medo de uma coisa. Imagine aquela mulher que teme uma barata mais do que um tigre. Entendeu o que quero dizer?

Minha vida era um maldito de um inferno. As vezes vejo que ao redor tem flores e borboletas. Mas aquelas feridas daquele inferno parece que vão me seguir pelo resto da vida.

Como se a grama verde só se destacasse com o vermelho das minhas feridas abertas. Não importa o quanto me dê amor, esta ferida não passa, aliais, nem espero que passe. As vezes acho que é isso que me manteve viva e não é agora que 100% das coisas vão mudar.

Eu me lembro de cada palavra ruim,de cada lágrima, de cara grito abafado pelo travesseiro. Também me lembro dos bolinhos da tarde antes do massacre de palavras ruins.

Me lembro de alucinar com as paredes pingando sangue, me lembro de bater a cabeça no armário e nas paredes até a dor me fazer desmaiar e dormir na madrugada.

Mas o Pior era ele. O reflex do espelho.


Me lembro dos jantares de família falando para comer pouco por que era gorda. Por que parecia um porco encapado.

Me lembro de querer coisas que me negaram por não ser um homem. Me lembro de como odiava meu reflexo,me lembro de como me odiava por não ser forte, por não ser boa o bastante. Por não tirar 10 em todas as matérias, me lembro da frieza e desprezo que me olhavam na escola e olhavam minhas suadas notas de 8,5.

Me lembro da professora que me mandava para diretoria por que não entendia a matéria. Me lembro dela me bater com uma régua e eu ameaçar devolver o favor e ela mandar eu sair da sala. Mas na verdade queria era enfiar a régua no olho dela e vê-la sangrar.

Me lembro do quarto encolhendo e de berrar. Me lembro de apanhar nas noites que os demônios me devoravam e eu gritava de pavor por que atrapalhava o sono alheio.
Me lembro da dor e do meu egoísmo de somente sentir dor.
Me lembro de desejar-se enforcar. Me lembro de tudo.
Me lembro das horas encarando a tesoura, olhando a corda pronta para se enforcar, me lembro do cinto de couro que amarrei no pescoço e puxei até me enforcar, mas acabei desmaiando e falhei miseravelmente.

Eu estou a viver entre as flores mas ainda me lembro do sangue.

Acho que posso tentar sonhar em como os loucos de guerra se sentem.

Você pode fugir ou sobreviver o campo de batalha. Mas o sangue espirrado em sua pele jamais vai desaparecer. Assim como seu ódio pelo que fizeram com você nesse tempo jamais vai sumir.

Eu me lembro.
Então eu revivo esses momentos até hoje. E esse inferno não parece que irá sair de mim.
E quer saber?
Nem quero mais isso. Vou aprender usar esse ¨sangue todo¨ para algo útil...

Já que eu falhei em apertar o gatilho.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Monstros são reais





Para cada pessoa diferente, um monstro diferente.
Alguns temem os ratos e as baratas em meio á um lanchinho da madrugada, outros temem a perda do emprego ou a vida que tem.

Mas se parar para pensar. Tudo é relativo.
Noite passada. Minha alma foi atormentada como sempre por memórias bobas, coisas que conta numa mesa de bar entre risos e uma boa coca gelada.

Sonho besta. Sonho onde o amor se torna ódio, onde a ausencia se torna frustração. Não importa á quem se refere tal sentimento. Afinal, do que resolveria? O amor besta que alimenta meu ódio, e o ódio que alimenta a dor e o amor.

Quis assim o grande criador. Uma pessoa amando a outra da mesma forma que vampiros amam suas presas loucas que amam ser mordidas. Destruindo-se um ao outro até os fins dos tempos. Assim como os suicidas amam seus parentes, mas não resistem ao sofrimento e a loucura.

Já ouviste o tentador sussuro da gilete recem afiada desejando beijar-te na pele macia de tua carne?

Se não compreendes isto. Jamais compreenderá as loucuras de algumas pessoas. Matar por amor. Odiar por amar...

Eu sou este ultimo, que por amar, passou a odiar e amaldiçoar a existencia de tal pessoa. Assim como agradece este amaldiçoada existencia em minha vida.

Eu morreria por este amor louco e doentio. Porém, tenho um farol na vida que me chama para a razão e segurança de terra firme. Se algum dia Deus não queira que aconteça desta Luz apagar. Pois creio que sem este, em breve me perderia em mares emocionais agitados.

Em fim, assim declaro em codigos ao universo. Meus reais sentimentos. Eu o deio quem amo. Exceto meu farol.