domingo, 17 de outubro de 2021

A passagem da vida...


A minha avó paterna se mudou para o céu. Eu morei a infância quase toda com ela, mas não acho que isso basta para que eu chore muito por ela. Fiquei triste pelo meu pai, mas ela era uma pessoa de idade e eu já esperava que cedo ou tarde ela se fosse.

Mas, a vida segue e...

"Fui limpar o face fake. Achei um perfil memorial, isso gelou minha alma.

Abri e fiquei horas investigando quem era. Morreu 4 anos atrás, paramos de se falar á 7 anos...

Não há registros de qual personagem eu usava para jogar com ele, nem nada. Apenas um registro de que eu sentia sua falta e que era doloroso ver aquele ícone offline.

Eu estava no momento mais sombrio da minha vida, quando eu estava lutando para superar os monstros da minha cabeça e tentar não fazer besteira. Eu era o próprio abismo. E eu entendo que eu fazia mal a tudo e todos ao meu redor.

Minha única alegria é que alguns anos antes de sua morte eu disse que sentiria sua falta.

E eu senti. Levei anos para perceber que o ícone que eu esperava ficar online nem existe mais.

Eu senti a sua falta. Desculpe demorar tanto tempo para perceber isso, desculpe não ter sido forte o bastante para superar meus problemas. Eu vou tomar remédios, ficarei saudável, eu vou viver. E estou vivendo por que você me ajudou chegar até aqui. Obrigada ❤️

Desculpe ser tarde mais. Eu vou ficar saudável tarde demais para finalmente aquela conversa agradável que você precisava.

Obrigada por me ajudar a viver. Provavelmente não estaria aqui sem você em minha vida. Obrigada ❤️"


Mandei isto para a caixa de mensagens daquela pessoa que nem existe mais. A carta que talvez jamais seja lida.


Mas tudo bem, eu sei que pude dizer para ele ainda em vida que sentia sua falta e que estavamos nos afastando.

Hoje eu sei o porque. Eu era perturbada, doente da cabeça, depressiva e extremamente fria com as pessoas, não ligava para suas necessidades, pois eu mesma era negligenciado. Como saberia ser gentil e me importar se ninguém era assim comigo em casa?


Eu sei, são só desculpas... Não posso mudar o meu passado. Naquela época eu estava mal demais. E hoje estou bem, lamento não ter ficado bem á tempo para meu amigo ver isso. Mas...

Tudo bem. Um dia talvez nos encontremos em algum lugar e eu possa dizer obrigada. Ou desejar que o vento leve até os céus os meus sentimentos felizes e de gratidão. Obrigada amigo.

Sério. Obrigada por me ajudar chegar até aqui. Eu estou viva por sua causa. Suas noites em claro não foram em vão.

É uma pena que eu não me lembre dos rpgs,nem dos seus personagens, nem do que falavamos. Mas... Eu lembro da sua dedicação comigo, dos risos, dos dias de castigo em casa por que fiquei até tarde falando com você.

Meu amigo se foi jovem. E... É estranho. Eu chorei por ele, morto á mais de 4 anos... Mas... Minha avó se foi ontem e não consegui chorar... Não me lembrei de nenhum momento que me fizesse sentir muita coisa.

Talvez eu seja um monstro... Ou talvez... Esse estranho da internet, Luiz Yuuki. Tenha feito mais por mim do que quem me deu o sangue e a linhagem....

Que os céus lhe recompensem por sua bondade comigo. Obrigada amigo. Espero ainda poder te chamar de amigo. Obrigada.

Obrigada Yuuki.
Obrigada Batian, ainda que não consiga dizer nada para sua partida. Saiba que tentarei me lembrar de coisas boas e engraçadas que vivemos.

Mas... Eu realmente me sinto mal... Demorei para perceber que quem um dia chamei de melhor amigo se foi... E eu nem percebi. Só agora eu percebi...

terça-feira, 11 de maio de 2021

Flores mais escuras


Querido diário, me disseram que devia apenas falar da luz do sol, fazer um diário de coisas boas e alegres. Mas... Eu preciso contar a parte mais sombria...

Hoje eu trabalhei. A sensação de ser observada e alguem apertando minha coxa não foi embora.
Seria por que uma colega de trabalho me elogiou? Para dar contexto, eu sempre uso roupas de 1 a 3 números maiores que eu, por ter ombros e coxas grandes, então parece que ta folgado, mas, em alguns pontos como a articulação do ombro e quadril, tá no tamanho certo. Ela apertou a minha coxa e foi muito desconfortável.

A sensação demorou para ir embora.
Eu me senti perseguida e observada ao ir ao banheiro, a luz apaga a cada 1 min. É desagradável a luz apagar e acender apenas quando você se mexe para o sensor.
Não preciso descrever o que vejo quando as luzes apagam né?


Final de semana passado eu deletei sem querer a minha foto favorita. É triste, pois estava tentando a enviar para imprimir em uma máquina de fotos que aceita arquivos via aplicativo.

Hoje meu amor me fez carinho no queixo.
Sua imagem distorcida ecoa na minha cabeça, a sensação do meu maxilar inferior rasgado com a língua escorregando para fora da boca, ainda persiste.

Eu apenas disse " me assustei"... E apenas me afoguei neste sentimento de horror, medo e dor.

Tudo é frio e sombrio. Nada me aquece. Nada me conforta. Tudo é áspero e duro, e minhas alucinações transformam qualquer carícia em uma mutilação.

Eu sou um punhado de carne presos a ossos com restos indicativos de roupas,cabelos e qualquer outro traço humano...

Eu me vejo pior que um zumbi apodrecido.
A dor latente me aflinge, eu manco e me arrasto entre uma obrigação e outra.

Viver é doloroso. Respirar é sufocante, não compreendo muita coisa. Não consigo me focar no lazer, nem relaxar. Como um rato de laboratório, vivo na agonia, no desespero da incerteza de qual será o próximo experimento.


Eu estou respirando. E as vezes me sinto péssima por isso. Quantas pessoas não dariam uma parte de si para ter metade da minha saude física?

As vezes... Queria dar minhas pernas, pés, até outra parte de mim por um pouco de sanidade e saúde mental.


Afinal. Que pomada vc passa em um maxilar destroçado?... Mas um maxilar destroçado que só você vê e sente?

Meu corpo é saudável... A minha mente não.
Vou ir dormir, sem a certeza que acordo amanhã. Meu corpo acorda....mas a minha mente... O meu eu?


Ah... Nem os Deuses sabem... 

Eu realmente lamento existir. Eu realmente me culpo, realmento... Peço desculpas.
Afinal, minha mente quebrada... Em um corpo saudável... Quantos não dariam algo para ter a saúde física que tenho?

.... Eu sou aquele motor de Brasília, de fusca arremendado preso a uma Ferrari pronta para correr. Mas, que por motivos óbvios, não saí do lugar com eficiência.


Eu sinto dor, medo, frio... E nada tem me ajudado nisso.

Desculpe por isso. Eu sinto muito...

Sabe, eu sinto muito... 

Flores...


Querido diário. Comecei a colecionar fotos de flores, geralmente tiro fotos quando me sinto feliz ou vejo uma bela paisagem.

Por que flores? Bem, a primavera esta a todo vapor, e a beleza frágil das flores me traz certa paz. Por alguns instantes minha mente fica em silêncio.

Ultimamente o medo, visões ruins e sentimentos ruins tem me sufocado. Como se eu fosse morrer ou ser punida a qualquer instante.

Eu não me sinto segura. Tudo me machuca e me assusta, minha pele coça e arde, meu corpo as vezes parece estar se desmanchando. Mas acho que fisicamente estou bem, um pouco de dor nos dentes por causa de ficar a morder, cerrar os dentes sem perceber.

Não me lembro de quando eu pude relaxar sem ter uma crise mental. Não me lembro de quando foi a última vez que me senti tão livre e bem. Nada tem dado certo, ao menos dentro da minha cabeça. Algo esta se despedaçando a cada dia, cada dia o sol esta mais cinza.

A sensação de morte eminente não passa. Sensações de terror e horror que não me deixam em paz. Ou tenho medo, ou tenho frustração, se não é isso, é dor.... Sempre um ciclo perfeito desses três, dor, medo ou frustração, tenho com poucas variações desse ciclo.

Tenho passado muitas horas sozinha.

Eu queria me esconder em um canto e ficar quieta até tudo estar calmo. Mas, eu tenho um trabalho, boletos e obrigações.

Isso não é ruim, é apenas a parte comum da vida adulta. Porém... Não acho que a maioria dos adultos vive do jeito que eu vivo.

É complicado por em palavras as cena de horror visual e sentimentos abstratos em palavras.
Escrever aqui e tentar ser racional tem sido minha injeção de adrenalina, pancada na cabeça, conserto percursivo.

Eu preciso viver. Pois talvez um amanhã melhor virá.

Se caso o amanhã não chegar. Estará tudo bem. Estar respirando tem sido uma vitória.

Eu consigo comer, andar e trabalhar. As vezes é difícil dizer bom dia ou fazer algo espontâneo sem planejar por alguns minutos.

Uma parte minha esta podre. E bem... Eu vou andar até onde eu conseguir... 

Vou sorrir e apreciar o que consigo ver. E chorar quando tudo desmorona. Esta tudo bem...
Esta tudo bem.


quarta-feira, 28 de abril de 2021

É... uma coisa para se pensar....


Então querido diário. Da profunda tristeza que acordei. Me senti tomada pela raiva e irritação. Afinal, as vezes eu me anulo em coisas banais. Tentando economizar, tentando ter alguma reserva, mas em um deslizer pronto. Gastei em outra coisa.

Me sinto com raiva e triste. Pois nem sei onde foi o dinheiro.

Decidi que vou mudar o jeito de administrar o dinheiro. Meu marido pode não concordar. Mas do jeito que tá não dá mais. Eu to irritada e brava com ele, mas acho que isso é por que grande parte é minha culpa também.

E por ser minha culpa. Vou buscar soluções, soluções praticas. Afinal, uma doce utopia de administração financeira não me ajudará.

Em fim. É isso. Bora ir correr atrás do prejuízo xD

Querido...



Querido diário...

Estou em um novo trabalho e o cansaço tem arrancado qualquer senso de felicidade que podia sentir. Me sinto cono um pequeno bichinho de laboratório, come, dorme e aguenta a rotina escruciante.

Estava determinada a aguentar tudo em nome de um bom presente de aniversário ao meu marido. Mas como gastamos demais em meu aniversário. Não vai dar certo.

Estou deprimida e magoada. Realmente me sinto péssima. Tudo que não queria está acontecendo. Eu disse que não queria nada caro em meu aniversário por este motivo de agora.

Agora minha mente me atormenta por um presente maravilhoso. Respirar dói...

Eu me sinto confusa, com dor e deprimida....e sem com quem desabafar ...

Espero não desabar... Obrigada diário....


domingo, 28 de fevereiro de 2021

para aonde vamos?


Eu ando refletindo sobre muita coisa. E principalmente em como o mundo dos sonhos tem me agradado. Eu ando fugindo para lá.

Casa linda, a cama cheira a rosas, o aquário esta limpo, a gaiola do furão tambem. A comida esta fresca e pronta na mesa, nada de microondas e cupnoodles.

Legumes frescos cozidos com temperos deliciosos. Roupas lindas no guardaroupa, uma mascara fofa me esperando e um quarto onde eu gravo coisas bestas do meu dia a dia sendo um personagem mascarado fofo.

Eu sou... Linda, rica, um marido que trabalha fora viajando, filhos já crescidos em suas aulas particulares. A empregada é minha amiga e me ajuda muito.

As vozes nao existem, a ansiedade, ansia de vomito, todo o desconforto dentro da minha cabeça.

Isso... É tão bom...


Então eu acordo. A cama fede a mofo, os animais do aquario nao estão mortos por que Deus os protege, o furão na gaiola esta ali para o bem dele, pois eu tenho instinto de mata-lo. O desejo insaciavel de taca-lo na parede me faz desejar meter a cabeca na parede.

Meus olhos pesam de sono e não querendo ver a casa em sua ruína, o armario me aguarda com mais 1 cup noodles para o almoço. Eu sempre faço um jantar melhor e tento sorrir.

O monstro de pele derretida, cabelo seco emaranhado e rosto inchado me encara no reflexo do espelho. Ele sorri e aponta para minhas costas. Alguem me observa e seu olhar assasino me tira a paz. Ele me observa.

Alias, essa sensação de ser observada nunca passa, assim como o desejo de parar com essa dor. Bater a cabeça na parede... Bater até a dor emocional sumir e meu corpo sangrar.

As vezes eu abria a torneira com agua quente e deixava escorrer em meu braço. Talvez se eu sangrar isso me ajude pensar melhor? Fazer como na idade média?

Eu não quero e nem sinto desejo de lutar contra a minha decadência. Apenas vivo um dia de cada vez.

Eu podia limpar a casa que me assombra quando meu marido saí... Mas "ele" me observa. "Ele" a sombra inesistente presa em minha mente que faz sons grotescos assustadores.

Eu me sinto como se alguém berrasse comigo e ameaçasse me machucar e me matar se eu cometer um erro. Uma paranóia que nao passa.

Eu desisto...
Por hoje. Eu desisto da casa, do cheiro agradavel, de um ambiente que me ajude minha mente perturbada se acalmar. "Ele" me espia da porta sorrindo.

Eu vou dormir. Preciso estar linda para os meus fãs... Preciso cuidar dos meus filhos...

Lá eles estão seguros de mim...

Acho que isso tem me destruído... Eu queria ter filhos. Mas a cada dia me sinto mais mentalmente doente. E mais violenta em um ambiente nojento... Como ter filhos?

Eu os mataria com alguma doença da sujeira da minha casa... 

Eu vou dormir... Lá eu tenho tudo que eu quero. Menos um bom marido...

Aqui eu tenho um bom marido... E ele é muito bom comigo...

Mas eu me sinto como a boneca na estante dele... Ou um cachorrinho de estimação...

Eu nao vejo nada alem de um monstro no espelho... Enlouquecido mas sentado com sua bela coleira que o faz se manter quieto.

Eu me sinto deprimida... Não vejo um futuro para o meu sonho... Eu vou dormir. Meu bebê está me esperando. Ele é tão fofo....

Obrigada senhor monstro do espelho, por parar de ir em meus sonhos. Ao menos ali... Eu tenho minha realização pessoal.

Não que seja ruim a realidade... Mas... 
Ambos os lado... O sonho onde tenho tudo menos o amor de quem amo... É triste...
Mas... A realidade onde tenho apenas o meu amor... Tambem é triste...

Bem, ele não esta aqui. Vou dormir. Há muita coisa para fazer. Mas vou dormir. Não há muita razão de existir sem ele aqui... Se eu posso existir onde esta o meu bebê e meu sonho... Certo?

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Ola?


Olá... Eu posso assistir seu vídeo e gosto do seu canal no YouTube...
Olá?.... Sabe, eu as vezes me sinto sozinha e coloco o áudio de vídeos com pessoas falando para me reconfortar um pouco. Mas... Eu percebi que as vezes isso me faz mais solitária.


Eu escuto as pessoas no meu trabalho. Todas tem filhos. E o mundo gira sobre coisas que eu não conheço, eu faço perguntas bobas e tento entender. Mas... Eu ainda sinto que só estou assistindo o diálogo dessas pessoas. Tento interagir pouco, pois tenho altos e baixos muito extremos....


Eu sou o médico e o monstro... Acho que quem convive sabe como cada dia é mais fácil ou difícil ter o monstro quieto.

Hoje em dia o mundo é bem colorido. Mas... Acho que sou bem cinza em alguns aspectos.
Bem, vamos lá. Sobre meus medos. Com quem vou falar? Meu marido está cansado de ouvir. As vezes nem digo o que e por que. Apenas que estou assustada.
Sobre meu corpo. Eu queria ouvir um médico. Será que estou bem? Desde que mudou meu anticoncepcional a minha cabeça não é mais tão saudável. Dizem que é o stresse e algo da parte religiosa. Será mesmo?

Hum... E sobre sexo?... Isso é tão desagradável e exaustivo. Sempre precisando ficar falando e dizendo dando notas na relação como se fosse um crítico gastronômico... Isso me quebra. Me deixa frágil e me desanima em buscar gostar... Dói muito... As vezes não dói nada. As vezes é bom, mas fico de 5 á 32 horas com dor e não há remédio que me ajude. Como se meu corpo dissesse. Você devia parar com isso.

  

Eu as vezes sinto que mundo decidiu tentar me quebrar. Por que eu nasci uma garota?
Por que minha cabeça não fica em silêncio?
Por que aquele homem atrás de mim não vai embora? 
Quando tudo é doloroso demais eu busco algo para me reconfortar. A melhor coisa que eu tive foi um casal de axalotes.

Foi, tão bom. Mas também é doloroso. Eles se foram. E eu fique sozinha. Eu tenho um furão. Mas eu machuco constantemente, a gaiola é para o bem estar dele. Eu só a abro quando á alguém mais para me vigiar.

Todo novo axalote está morrendo rápido.
Acho que eu os matei... Decidi não pegar mais nenhum. 
Apesar que isso me faz chorar e encarar aquele aquário sujo e vazio todo dia.
A dor... É... Insuportável. É como uma ferida aberta infeccionada escorrendo sujeira.

Eu... Ainda continuo respirando... 

É doloroso... Mas, estou aqui.

Dias.... vermelhos?


Eu moro onde as montanhas me rodeiam e sempre há um novo por do sol para fotografar. O dia é lindo por aqui. Mas eu sempre fico mais depressiva, nervosa e assustada quando vem meu período menstrual. É como se minha cabeça doente piorassem em 200%.

O duro é quando já estou cansada. Já sinto como se arrastasse pelo deserto por kms e kms. E ainda não houvesse nada além de miragens no horizonte.

Estou sem forças. E não sinto que eu tenha para onde ir. Tudo que sinto é o desejo de fechar os olhos e ficar afogada embaixo da água, como se não houvesse mais razões para lutar contra a tempestade e esse mar violento que me cerca. Estou esgotada.

Parece que gasto todas as forças em apenas continuar respirando.

Isso me cansa. Me irrita. Me revolta.
Sinto como se virasse a minha pior versão. Mas... Quem consegue sorrir se está afogado em dor, alucinações, medo e incertezas?

Hoje o remédio não tirou minhas cólicas menstruais. Hoje, eu não dormi bem... Alguém está me observando. Eu sei, não é real. Mas ainda assim é assustador.

Eu fico tentando me sentir segura me afundando na coberta. Mas eu sei... Que a coberta não vai mais me proteger.

Eu não tenho para onde ir... Pois, o que quer que esteja tirando a minha paz... Irá junto comigo. Você pode compreender ... Isso?

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

omori... omoi?


Ei, você viu aquele jogo não? Omori? Não?
Ah,... É sobre... (Poderia parar de ler este POST para não ver spoiler? Se vc já sabe. Ok. Continue)

É sobre aquele menino carregando a culpa e as consequências que isso arrastou-se sobre ele e seu cúmplice. Parece tão banal quando é explicado. Mas... Se você jogou ou assistiu. Sabe como isso é mais profundo.


Eu gosto de tirar fotos de paisagens. Pois é como se isso me ajudasse perceber que o mundo é muito bonito. E esquecer o reflexo no espelho.
Sunny viveu com culpa e isso o forçou ser outro alguém, omori. Eu me odiava tanto que criei outros para viver por mim.

Sunny, teve de escolher na tela de game over se ia continuar ou não. 
Bem, se você está lendo isto. É por que eu ainda aperto o botão de continuar.


Há alguém me apoiando em minha jornada. E isso faz com que eu tente ser forte. Mas... Não podemos ser o tempo todo carregados não?



O que quero dizer é... Quantos sunnys você conheceu? Quantos dele você ajudou de forma errada como Basil ou simplesmente virou as costas?

Omori... Me soa como omoi. Que é a palavra usada em japonês para dizer pesado. Mas em alguns contextos ouvi dizer que pode ser usado para sentimentos pesados.

Aquele jogo. Me disse muita coisa... Me pergunto se um dia poderei dizer tanta coisa como aquele jogo... 

Eu quero fazer coisas abstratas terem sentido... Por isso aprendi desenhar um pouco. Mas eu tenho medo. 
O que dirão de mim?
Eu sou honesta demais quando escrevo ou desenho... E se alguém ver meu real eu. Está tudo bem eu por um nome diferente na assinatura?

Mas... E se este outro eu não for só um nome... For igual omori?...

Se eu perder a luta. Alguém terá visto quantos continue eu tentei?...

Queriam que soubessem... Que eu tentei.
Aliás, eu ainda estou respirando. Por favor. Continue respirando...

Acho... Que poucos vão entender isso. Se aceitar. Continuar respirando...

Pois. Tudo é "pesado". Ou... É o nosso medo que pesa? 

Eu não sei a resposta... Só sei como continuar viver. Por enquanto isso basta não?
Eu me culpo... Por muita coisa. E acabo jogando este sentimento em memórias ruins do passado para poder odiar outra pessoa.

Isso gera um ciclo. Não sei quebrar.
Quem sabe um dia. Bem...

Omori diz tanta coisa... Queria saber dizer algo assim também.

Desculpe. Eu entrei em Pânico.
Então... Boa noite.