Cry in the night

Na noite silenciosa agarro meus sentimentos, os aperto, os aprecio em um choro silencioso.
Quieta, sonhando com um dia amar ou ser amada, esquecer um pouco das coisas que faço, da frustração, da raiva das minhas atitudes ruins... Apenas esquecer tudo e sonhar um pouco...

¨Ninguém jamais irá me amar...¨ Se tornou como um mantra para mim e agora crer que algum dia posso ser amada, me incomoda, me assusta, mas me faz sorrir... Algum dia... sim, eu sei, algum dia... Vou me apaixonar novamente... mas até lá, o silencio, as lembranças, e os restos de um amor, são coisas que me assombram um pouco...

Estou tentando esquece-lo... Mas... isso conta com as coisas boas também?

O que me restará se eu esquecer tudo?
O que será de mim? Bem,.. evito pensar nisso e pensar mais... em.. como as coisas podem ser daqui para frente,.. sonhar que ainda de alguma forma bem boba, crer... no amor... ainda que soe bem assustador... afinal o que é amar?

Ainda me sinto aquela menina boba que ama bonecas, mas... ainda sinto os desejos de uma mulher que quer ser beijada, respeitada e amada por um único homem...

É tão confuso... tão confuso, que me perco em meus pensamentos... Me afogo em sentimentos mistos de memórias, desejos e sonhos...

è assustador... mas... ainda desejo do fundo da minha alma... que este bondoso Deus que todos acreditam, ou que ao menos eu acredito... Que ele pode me guiar para algum lugar muito bom... ainda... que agora eu chore durante a noite...

Eu sou uma estranha garota,
Eu sou um estranho corvo preto..
Que em meio ao céu colorido de pássaros,
Ainda tinge o céu azul de preto...

Com minhas lindas plumas preto piche
Observo os lugares,as ruas cheias de piche
Observo as pessoas, as meninas, os garotos,
Especialmente garotos de jeito maroto

Que com sua doçura,
e travessura
Rouba enquanto estou sem ação
Meu pequeno coração

Um garoto
de sorriso maroto
Que me rouba um sorriso
e um riso

Enquanto ainda sonho assim,
Desejo não ter mais fim
Esse sonho que ainda não é realidade,
desejando que vire realidade.

Onde serás que esconde?
O meu garoto meio conde
Serás que foge deste pobre corvo negro?
Serás que teme o amor emplumado negro?

Ai, pobre de mim...
Um corvo sonhador,
que morre com a dor
Do que nem começou e nem tão cedo terá fim.

Estou tão perto... e ao mesmo tempo... tão... longe... è confuso... este lindo mar de estrelas... 

Isso não te faz refletir?

Ou desejar alguma coisa?

Eu... não entendo e nem me entendo... por que tantos sentimentos aqui dentro? Por que... sentir tanto? mas... não saber demonstrar? Por que existir isso... se devo me calar?

Não entendo... eu realmente... não entendo...
Por que... ainda não sinto amor por alguém...
Por que ainda... estou assim, perdida...
Sendo este pobre corvo preto...Chorando á noite...