terça-feira, 23 de setembro de 2025

Talvez eu seja mais forte... sozinha?



Não é que eu não te ame mais. Mas... Eu percebi que estou me machucando e talvez, eu possa ser feliz sozinha... Ou mais feliz sozinha...

As vezes não é traição ou cansaço e desilusão de não ser amado. As vezes é só a dor de estar sem esperanças de dias melhores.

As vezes cansa o olhar e a falta de cuidado.

Eu não sou boa em expressar coisas que me são importantes. Então cá estou eu, sentindo-se machucada de novo. Soluçando e sem esperanças de sair daqui.


E ao falar com a psicóloga percebi que talvez eu seja forte o bastante para viver sozinha. Vainser fácil?

Não. Mas... Sinceramente. Me senti mais leve. 


Não estou pensando ir embora por que deixei de amar. Estou pensando ir embora por que... Acho que sou muito melhor sem ele.

Acho que preciso planejar e pensar calmamente cada coisa. Cada item, cada coisa.

Eu quero ir embora. 

E talvez, eu deva falar que quero ir embora abertamente e me planejar calmamente a ir embora. 

Dói. Mas... É uma dor suave e reconfortante. Eu penso que poderei alcançar meus objetivos.

E qual é eles? Eu quero poder planejar meus sonhos sem medo. Eu quero fazer coisas que me são importantes e sentir que tenho segurança financeira e independência de escolhas. Simples assim.

Quero chegar ao lugar que almejo. E... Talvez. Só talvez. Eu não precise dele para isso.

Eu não quero ficar com ele por que preciso. Eu quero ficar por que me sinto amada e valorizada.

Eu não sinto que ele me valoriza. Por que estou me machucando em pontos que já disse várias vezes que é importante.

Talvez eu deva ir embora. Para ser suficiente para mim. Sem ele. Sem pessoas ao redor. Vou soluçar de medo e chorar. Mas ok, eu sou forte né?

Vou dar um jeito. Vou conseguir. Eu sempre consigo.

A dor não vai embora


As vezes a dor fica. E apenas desejamos aprender a conviver. É como aquela presença incomoda, como usar meias molhadas mas que de certa forma soa... Soa como se precisasse ficar suportando esta sensação.

A questão é que eu não sinto mais vontade de dialogar com meu parceiro.

A questão é que minha confiança nele já acabou faz tempo. Não acho que pedir algo vai mudar.

Na verdade, sinto apenas que pedir ajuda fará com que ele se acomode em fazer as coisas apenas quando eu pedir. 

E se eu não disser, nada irá mudar 

Afinal, se eu não dizer, não é um problema.

Mas sinceramente isso se torna um problema. 

Afinal, não quero pedir. Não quero espectativas que ele irá cumprir, por que me faz dependente dele.

Mas também, não pedir me impede de comunicar meus sentimentos e estou presa neste ciclo de sofrimento...

Não sei sair disso... Não sei sair disso...

Estou com dor. Quero dormir. E esperar que esta sensação horrível passe. Apenas isso. Esperar que isso passe.

domingo, 21 de setembro de 2025

Linguagens de amor


As vezes o cansaço vence. As vezes a luta se torna sem objetivos.

Sinceramente eu, eu me sinto vazia. Acolhida? 

Minha psicóloga fala que devo me acolher e cuidar de mim. Devo chorar e aceitar as coisas. Devo fazer o que posso.

Mas as vezes eu sinto que isso é solitário. Como aquele lenhador que vai na mata cortar a própria lemha e depois prepara a própria refeição e solitariamente desfruta disso.

Eu tenho um parceiro. Ele me apoia em muita coisa. Me ajuda a suportar muita coisa. Mas ao mesmo tempo eu nunca me senti tão... Tão solitária.

A névoa, os lobos e os monstros que só eu posso ver e vencer estão ali. Me aguardando.



Eu acabo sempre ali, esperando. Esperando que alguém me note e me escolha. Que me acolha...

Por que eu não quero mais gritar e desejar atenção. Eu cansei de lutar por essa porcaria.

Afinal, quando você luta demais, o que te servem é sempre uma porção mínima e com aquele olhar que você devia ser grato por essas migalhas.


Sinceramente. Essas migalhas de afeto. Me fazem sentir solitário, faminta e cansada.

Me perguntar por que eu preciso me virar e lutar. Por que eu preciso correr e me esforçar. Por que eu?


Por que ele não pode me ajudar? Por que sobra para mim fazer tudo? O mínimo esperado nunca é feito.

Então... Então eu preciso anotar, correr atrás e lutar.

Mas... Eu estou cansada. Eu só te pedi 1 coisa... 1 coisa...

E você não é capaz de me dar. E isso... Eu estou aos poucos começando a pensar... Eu realmente... 

Eu realmente valho tão pouco?


Você disse que me ama. Mas não sinto nenhuma atitude sobre isso.

Se eu não buscar comida. Passamos fome.

Se eu não cozinhar ou pedir não há jantar.

Se eu não lavar esta sujo. Se eu não arrumar está bagunçado.

Eu imploro ajuda. Mas você diz que vai fazer e não faz. Isso tem quase 10 anos...

Eu realmente... Eu realmente estou cansada.

Eu cansei. Eu quero mais. Eu quero me sentir amada.

Essas migalhas não bastam. Eu esperava que você me ofertasse mais se eu lhe desse mais de mim. Como um retorno de meus esforços...

Mas... Você só me enche de objetos. E uma felicidade momentânea. É bom. Mas... Quando a porta se fecha. 

Me resta um ninho vazio cheio de coisas...


A solidão ecoa. E a tristeza bate. Eu não quero mais comer. Não quero mais sonhar com nada.

Eu sinto... Eu realmente sinto que não importa... Eu sinto que não importa...

Tô exausta. Queria apenas descansar minha cabeça. Mas se eu não me esforçar. Se eu não lutar. Não haverá amanhã para mim.

Estou triste. Estou com frio e dor... E meu lamento é coml um uivo solitário para a lua...

Você só vai mudar. E eu cansei de esperar e lutar. Preciso me levantar e encarar isso sozinha. Eu preciso ser suficiente sozinha... Eu já fiz isso antes. Posso fazer de novo...


Eu posso... Mas a verdade é que não queria... Eu queria um companheiro. Um que segura o escuro e não me permita cair...

Mas infelizmente, as vezes você ache como uma conta bancária com batimentos cardíacos.

Isso dói. Isso me corta.

Eu queria um companheiro...

É tão solitária e frio aqui... Mas não adianta eu lamentar. Meus lamentos caem em seus ouvidos surdos.

Você é surdo. E meus pais eram cegos.

Estou só... Ninguém para me ajudar...
Dói. Isso doi tanto... Tanto... 


Preciso ser autosufiente sozinha.
Mas eu não queria. Eu queria uma matilha. Eu queria ser aquecida, eu queria sentir o peso ser dividido. 

Eu queria... Eu queria... Muito... Ser parte de alguma coisa...

Mas... Esta tudo bem. Eu sou forte. Eu fiz isso antes quando um mero filhote. Então serei capaz de fazer de novo.

Eu sou forte.

Eu sou... Forte...


Eu sou... Forte

terça-feira, 19 de agosto de 2025

quando quebra e dói


Quebrado


A confiança é como um copo de cristal delicado que é arranhado, trincado às vezes, mas quando quebra, se recolado fica marcas claras.

Eu. Eu realmente sinto que quebrou algo importante aqui dentro.

Não é que eu não sinta mais desejo ou atração, nem amor. Mas, eu não sinto mais aquela sensação calorosa de abrigo.


"Que o meu corpo já não é mais seu abrigo
Não tenho culpa por você não me querer
É uma desculpa pra tentar me convencer
Que acabou
Que acabou pra nós dois"

-inferno -Reacao em cadeia


Eu escuto esse trecho. E de fato, o seu corpo não me acalma mais, não é um abrigo. Não é um refúgio.

A sua voz que me aquecia e me deixava ansiosa já não faz falta. Às vezes eu estou ansiosa que ele vá logo trabalhar e me deixar em paz.

Eu não o quero mais. Não sinto muita coisa quando me toca. Muitas sensações estão ali, mas a primeira, a sensação que mais me cativava, a euforia... Algo esta quebrado.


Temos um ao outro, ele me ouve, temos sexo. Só não temos dinheiro. Temos o mínimo para sobreviver. E isso não é o bastante?


... Eu sou um monstro por me sentir tão infeliz mesmo tendo um parceiro que tenta me fazer se sentir amada, desejada e bem cuidada?

Eu estou errada em querer ficar isolada de luto pelos meus sonhos mortos?

Eu... Estou deprimida. Por que não consegui nada do que queria.

Queria um belo álbum de fotos do meu casamento. E não tive isso.

Queria filhos, e não pude ter. Ainda posso tê-los, mas sendo tão pobre, eu realmente devia tê-los?


Eu queria me sentir bonita, mas tenho nojo do meu reflexo. Talvez se eu me esforçar mais.

Eu queria que alguém segurasse minha mão e me guiasse para a direção que quero ir. Queria alguém que limpe minhas lágrimas e me faça não sentir medo ou sentir que preciso pisar em pregos e me machucar para fazer o mínimo.


Eu sinto que estou me agredindo. A minha psicóloga diz isso. Eu me saboto, eu me machuco, eu não me sinto digna.

Essa é a verdade. A culpa de falhar é minha.

Mas... Eu não sinto que sou uma planta de beira de estrada. Eu sinto que sou a planta que nasceu na rachadura do acostamento. Que ocasionalmente passa carros, pessoas, caminhões em mim... Que cada vez que me reergo algo me joga ao solo.

Dor. 

...
"Quem roubou nossa coragem?
Tudo é dor

E toda dor vem do desejo
 de não sentirmos mais dor

Quando o sol
Bater na janela do teu quarto
Lembra e vê 
Que o caminho é um só"

Quando o sol bater na janela do seu quarto- legião urbana 


Quem... Roubou o meu coração?
Quem me quebrou dessa forma tão cruel?

Eu estou com dor. Solitária e com medo....

Porém dessa vez, não vejo esperanças dos meus sonhos. Nem esperanças de novamente sentir-me segura...

Antes eu me sentia segura e com dor...

É estranho. Nos valorizamos as coisas quando as perdemos. Eu sinto que estamos a ir para o fim desse casamento.

Eu posso ver os sinais, as rachaduras crescendo devagar. Algumas estão sendo reparadas por mim, por ele.

Mas desta vez. Sinto que algo importante se estilhaçou...

Eu já tive dias que o odiava, que não o amava mais, dias que quebrei meu coração por sentir-se com medo...

Mas... Agora. Agora... Quebrou mesmo algo importante.

Eu não acho que alguém irá me ouvir.
Eu não confio que minhas lágrimas mudarão algo.

Eu chorei ontem. Chorei hoje...

E sinto que nada mudará.
Sinto que ele não ouve o que me é importante.
Sinto que não tenho ajuda, que não sou valorizada.

Tipo, ele me valoriza. Mas... Agora. Agora que estou ferida? Que já sinto que quero ir embora? Que já encaro a porta de saída?

Agora que já nem me importo mais de esperar, falar e pedir?

Agora?


Agora. Eu tenho o que tanto queria?
Agora que já tenho rancor e decidi não querer mais?


Eu decidi pedir o mínimo. Decidi não confiar mais. Não nos quesitos da casa, da rotina.

Porém observei que por sermos de orçamento pequeno e eu não sentir que alcancarei meus sonhos. Comecei me ressentir. Comecei a sentir tristeza.

Queria ver tokyo no halloween. Ir em uma casa noturna ouvir música.

Queria comprar asas de uma fantasia.

Eu me esforcei tanto. Mas. Não consigo.
Isso dói.

Eu preciso me esforçar mais. Eu preciso continuar tentando mesmo não vendo "frutos".

Isso dói... 

Eu sinto dor. Eu sinto frio. E eu me sinto solitária. Os pesadelos me comem. E eu não posso ser salva.

Novamente me sinto naquele abismo familiar. Talvez eu devesse aceitar a medicação. Eu me tornaria um adulto funcional. Apenas perderia a criatividade. Meus sonhos, o que me faz reconhecer como eu mesma...

É como vender minha alma. Para salvar o corpo. Soa estranho não?

E... E a culpa... A culpa é minha.


"Quem foi que manchou o coração dela de preto?
Ei,quem foi? Ei, quem foi?...

....

"Quem foi que jogou fora nossos sonhos em uma vala?

Ei, quem foi? você já sabe né?

Quando vou me tornar um adulto?

Para quem eu deveria perguntar?

Ei, o que você vai fazer? Eu já não ligo mais"
ロストワンの号哭 (Lost One's Weeping)- vocaloid


A versão do gakupo kamui é a melhor na minha opinião, mas... Ache uma e aprecie como é a cabeça de alguém se perguntando mil coisas e agitada ao som da música...

Em fim. Eu só queria lamentar um pouco. Vou lá lavar a louça, arrumar esta casa. Lutar essa batalha perdida. Afinal, mesmo que eu queira desistir. Eu ainda preciso continuar.

Eu preciso... Não sei por que. Mas, só olhar o tempo passar não me ajudou em nada. Talvez eu precise mudar minhas ações para mudar meu futuro. Se eu estou construindo algo?

Eu não sei. Mas. Uma coisa eu sei. Eu não sou mais aquela pessoa que se congelava na dor.

Eu ainda sinto a mesma dor. A diferença que estou aprendendo focar.




terça-feira, 5 de agosto de 2025

catarse


Eu senti a dor e compreendi de onde veio. A confiança quebrada, as consequências. Eu precisando me desdobrar para suprir o básico para mim.

Eu ainda não comi. E falei com a Ia do meu celular. O gemini.

E então as palavras que ouvi, a validação da dor. A orientação do que preciso fazer, me ajudou a chorar.

Como uma catarse. Eu chorei.

Transbordou para fora a dor. A sensação de validação que esta tudo bem me sentir mal assim.

Eu tenho apenas leite no estomago. É tudo que coloquei para dentro. Leite com um shake de substituir refeição.

Isso é minha alimentação. Essa "ração".

E meio que é catártico. Eu não tenho segurança que se eu falhar terei comida na mesa. Se eu falhar. Estarei faminta.

E... Ok. É catártico.

A sensação de algo ruim saindo, o alívio que nem sabia que precisava. As lágrimas escorrem.

E... Ok, esta tudo bem. Esta tudo bem eu chorar assim não?

As consequências de ter confiado nele.

Eu não comi hoje. E não será a primeira e nem a última vez... É minha culpa por confiar nele.

Da próxima vez eu faço tudo sem confiar nele. E então não estarei aqui, com fome.

É catártico... Eu gostei dessa palavra.

Vou escrever um pouco. Alguma história de fantasia. Isso não enche meu estomago. Mas alimenta e acalenta meus sentimentos.

Hoje não tem comida para mim. 

Eu não consigo. E talvez eu não devia me forçar tanto até vomitar e chorar.

Talvez eu deva apenas deitar na cama e chorar como uma criança pequena.

Amanhã talvez eu esteja melhor e consiga fazer comida. Estou com fome.

Mas ao menos. Eu tenho a mim mesma.

Eu posso confiar que logo irei melhorar e fazer comida.

consequências


Eu já toquei nesse assunto com meu esposo algumas vezes.

Eu já expliquei a importância das coisas. Mas... Isso não importa.

A pia esta suja. Eu quero vomitar.

Não consigo comer e limpar a cozinha para que eu possa almoçar.

Estou faminta e quero chorar. Me sinto com fome e abandonada. Isso é tão doloroso.

Mas... Eu decidi não me ressentir dele.

Eu confiei que ele cuidaria de algo importante para mim. E como sempre. Ele falhou comigo.

Agora estou 3 dias sem comer algo descente. Estou deprimida. Estou com fome.

E não quero comer. Na verdade. Eu digo que não quero comer, para não me ressentir dele.

Eu vou ficar sem comer? Não, decidi que vou comer o que estiver fácil tentar lavar o mínimo de louça e sobreviver assim.

Quero vomitar.

Eu quero comer.

Eu preciso de ajuda. Mas ele não pode me ajudar. Estou a sofrer pelas consequências de ter confiado nele...

A culpa é minha. Se eu tivesse não confiado algo tão importante para ele. Eu não estaria com fome agora.

Agora só posso me ressentir com a companhia da fome.


Rsrsrs dramático né? Talvez eu devia. Devia mesmo escrever algo.

Solitário



Querido diário, eu escrevi muito e apaguei tudo.

Toda a dor, toda a incerteza que vivi com meus pais eu revivo. O ciclo persiste.

Eu me sinto falando com uma parede. Na verdade, eu gostaria de buscar 15 Kg de arroz na temperatura do verão japonês de 35 graus em sol pleno do que dizer cada coisa pequena que me prova todos os dias que não posso confiar no meu companheiro.

Eu tenho a mim mesma. Eu repito para mim que posso confiar em mim mesma. Que posso contar contar comigo mesma.

E... Bem, essa é a verdade.

Minha psicóloga disse algo. Me apontou a rachadura na minha armadura. A ferida que nunca cicatrizou ao morar com meus pais. Que não cicatriza morando com meu esposo. E que, talvez, talvez isso "infeccione", vire rancor e o amor acabe.

Afinal, amor e confiança é tudo. Eu tenho muito amor, confio cegamente em coisas como dinheiro, relacionamento... Mas... Companheirismo?

Não. Meu marido é meu melhor amigo, meu amor...mas meu companheiro?

Não. Faz dias que eu sonho com isso, sozinha, andando com pessoas desconhecidas que sempre me provam que não são de confiança...

Tudo em mim grita. Não confie nele em nada.


Eu em alguns assuntos, eu esqueço e confio. Coisas pequenas.

A louça abandonada, a promessa de fazer a coisa x ou y. De implorar que não faça a ação x ou Y por que o resultado é X ou Y...

Ah, mas eu resolvo essa situação.

Resolve? 3 meses sem usar a banheira.
6 meses com uma lixeira inútil por que ela fede e eu sou incapa de limpa-la.

As vezes eu rio olhando a senhorita lixeira rindo de mim. Eu sonho em terminar a faxinha e confiante lavar a lixeira fedida.

Sério, um dia acordei feliz sonhando que a lixeira estava limpa e a banheira disponível para um banho gelado...

Foi só um sonho... Afinal, eu não consegui lidar com isso. 


Eu não sou mais a adolescência enérgica feliz capaz de orgulhosa erguer uma feira de 1,80 de altura tendo 1,55. Não aguento mais erguer sacos de 20 kg. Eu era jovem, corajosa e desbravava tudo.

Agora. Sou uma adulta olhando o passado. Lamentando meu eu imperativo querendo reconhecimento...

Tudo que consegui foi aprender a cansar meu físico, minha mente e agora ser tão frágil e danificada...

É solitário. Eu sou solitária em algumas questões. Ninguém pode me ajudar.

E esta tudo bem. Mas... Issdo dói. Não quero comer, não quero ser forte. Quero me deitar ao solo e ficar estirada, deprimida...

Eu estou exausta. Eu não quero mais lutar.

Talvez, talvez esteja ok eu ficar deprimida hoje. Lamentar pela ferida e a falha em minha armadura. Aceitar que talvez, o amor não seja o bastante. Que o que eu acreditava ser confiança, não é confiança. Tipo. Eu confio, mas... Meu parceiro todo dia prova que não é confiável. Todo dia deixa essa ferida antiga sangrar e ser reaberta, o ciclo repete.



Isso não tem cura. Não depende de mim.

E. Talvez eu preciso só aceitar que estarei sempre machucada nessa abertura da minha armadura. Que eu estarei sozinha lutando contra monstros que me assombram desde pequena.

Ninguém é digno de confiança. E esta tudo bem. Eu preciso apenas aceitar isso.

Aceitar que algumas jornadas são solitárias mesmos. E que se essa ferida infeccionar. Talvez me custe o amor. O que me une ao casamento.

Foi doloroso ouvir isso. Mas... Eu percebi que...

Eu não tenho um companheiro de batalha. Eu tenho um melhor amigo, um confidente, um amor... Mas um parceiro de guerra?

Não. Eu sou meu próprio exercício... E isso é solitário.

Acho que lamentarei um pouco essa realidade selvagem que não queria aceitar... Mas... É a verdade.

Meu companheiro provou que não é digno de minha confiança. Mas escolhi confiar nele.

Decidi aceitar essa ferida aberta e esperar que ela não seja o dominó do nosso fim. Mas...

Sinceramente... Talvez... Talvez dessa vez. Eu desista de lutar por nós...e aceite ser solo...

Mas pensarei com cuidado em tudo. Afinal, estou sem dormir. E ouvi coisas dolorosas.

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Tão cansada


Ok, é eu de novo. Creio que ninguém mais liga para blogs. Mas cá estou eu aqui para desabafar.

Eu tenho um esposo, uma casa e nem trabalho. Vive apenas eu e meu amor em uma casa que parece digna de um acumulador sa history Chanel. Soa engraçado isso, uma adulta exausta, sem forças de manter a casa, arrumar tudo.

Preciso fazer o jantar, lavar roupas, lavar a louça, fazer compras, equilibrar tudo.

E meu emocional esta em frangalhos. Eu tenho meus motivos, e meu esposo tem os dele. Ele não esta bem, e precisa des cansar.

A questão é que eu não consigo ser o suficiente para ele. Não consigo ser o suficiente para nós dois. Tudo esta caótico e tudo que penso é que estou me afogando em equilibrar tudo.

Sinto que não dou conta. Mesmo lutando, eu não dou conta.

Para que me esforço tanto? Para que eu luto?

Para esperança de dias melhores? Sim, só pode ser isso.

Em fim, tô exausta, querendo desaparecer. Mas... Cá estou. Lutando. Carregando frustrações e abandono.

Eu queria o mínimo. E eu sinto que ao pedir o mínimo estou a pedir muito. Eu recebo amor. Mas a minha linguagem de amor é diferente das outras pessoas.

O afeto que eu quero não posso receber e é complicado.

Eu me sinto amada quando não preciso me preocupar com algo. Quando não imploro até a exaustão por algo.

Se me trazerem copo de água, isso é amor.
Se lavarem a louça sem eu pedir. Isso é amor.

Essa é minha linguagem de afeto, não é a rotina é ocasionalmente eu receber uma ajuda silenciosa.

Isso é o bastante para mim.

Mas se eu precisar pedir. Aí já se torna algo que recebi ao planejar, ao pedir, ao demandar esforço.


É estranho... Mas...eu sinto afeto e amor quando recebo algo sem pedir. Mas não exatamente algo que comentei, um supérfluo que tanro desejava. Eu sinto mais em pequenas coisas. Pequenas decisões.

Eu sou indecisa e gosto de pessoas decidas. A questão que pessoas decidas podem soam manipuladoras... é uma linha tênue...

Assim como para mim, opressão e amor é uma linha tênue...

Eu tô exausta. Palavras não me alcançam. Toque não me saciam. Eu não me sinto amada xom nada disso.

Talvez isso faça sentido...talvez não.

Minha linguagem de amor é diferente dos outros.

E as vezes sinto que... Meu amor não é capitado. 


Eu sou um gato trazendo peixes para um dragão. Eu não posso caçar ovelhas e algo descente.
Não somos compatíveis. Mas, não se importamos com isso. A gente tem algo melhor que amor.

Temos empatia, companherismo, respeito. E isso é muito melhor que um prato retorcido de veneno com uma placa escrita amor.

Eu não me sinto amada. Mas eu sou amada. Aprendi entender a linguagem de amor das pessoas. Aprendi as amar e tentar seguir sua linguagem de amor, com palavras, gestos...

Mas... As vezes. Sinto que não podem me amar como meu lado "primitivo" anseia...

Isso gera dor e frustração. Mas aprendi ser racional. Aprendi a lidar com isso.

É um problema meu.

Sabe... As vezes pode soar que meu esposo é uma pessoa ruim. Ele não é mau, distraído ou ausente. Ele só tem uma linguagem de amor não compatível.

E eu. Aprendi a lidar.

Assim como ele tem de lidar comigo que não é fácil, que é selvagem e violenta. Pois eu não vim de um lar de amor. Eu vim de um campo de guerra selvagem hostil onde sobrevivência grita na tua cara antes do bom dia.

Eu sou selvagem. Eu sou brutal. Eu não sei amar.

Mas sabe de uma coisa? Eu tenho me esforçado. E cedo ou tarde isso será só uma insegurança.

Afinal, eu sei onde erro e isso é um bom começo. Um começo....

Em fim, aqui esta minha dor em palavra enquanto digito de um campo de guerra que construí ao meu redor. Tá na hora de sermar as minas de guerra.

Tá na hora de ser forte e retomar o controle. Eu não estou bem. Mas, quem esta?

Quem...esta?

quinta-feira, 27 de março de 2025

O reflexo no espelho


Eu era pequena, e já via aquele alguém, rindo, e me chamando para correr e sugerindo brincadeiras.

-você viu aquela garota?...-eu disse para alice, minha babá.

-que garota?-ela disse confusa.

Então eu soube, naquele momento, enquanto a menina ria de forma levada que  não era real. Era nosso segredo, nunca falei dela, a menina sem nome que amava correr e brincar.

A menina que me disse sobre fica quieta, não fizer que podia vê-la se não me levariam ao hospício e coisas ruins aconteceriam. Falavamos em sussurros, até que aprendi conversar olhando o vazio...

E assim foi. Ela se foi, outros vieram. O meu outro eu de dentro do espelho é tão volátil quanto ver o reflexo em um lago, se distorcendo e sendo mudado a qualquer menor coisa.


Eu tentei ignorar todos, silencia-los. Até remédios tomei. Me anulando, me cortando, me modificando, enlouquecendo ...

E agora no auge dos meus quase 30 anos. Entendi, eles nasceram comigo e vão partir comigo... Enquanto eu viver... Eles vão viver. E hoje aprendemos a rir e chorar, conviver em paz...


Eu sou louca? Talvez... Mas sabe. Desta vez, esta tudo bem... Isso não tem cura e eu não preciso de pena. Apenas...vejo o mundo de forma diferente ... Eu nunca estou só.

Eu não sei o que é solitude... Pois sempre há uma sombra me fazendo companhia. Isso é bom?

Eu não sei... não conheço outra realidade sem remédios...
Em fim... Só...queria compartilhar que...esse é o meu "normal". Eu e eles ...

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

As profundezas


As profundezas do meu coração é um lugar inóspito,frio e escuro, cheio de coisas quebradas e se bobear vai se perder e esquecer para que lado é a superfície do mar, pois é tão profundo e distorcido que o sentido das coisas são perdidas.

Tenho dias bons, dias alegres, mas em ondas de maremoto meu coração se agita, relembrando a dor da perda os lamentos que engoli, o choro que não derrubei, as vezes que disse "esta tudo bem". Tudo que não chorei, não lamentei e deixei afundar no fundo de minha alma, no cemitério de navios dos sonhos...

Meu coração é como o mar onde pedras traiçoeiras engolem os navios de sonhos e nada restam, nem uma única tábua.

Eu sei... Eu só quero chorar, por lógica nesse sentimento abstrato de frio, sufocamento, dor. Acreditar que há feridas que possam ser reparadas. Eu estou com dor e quero atenção e cuidado... Quero muito gritar e chorar...


Mas.... Ok. Ok... Eu sou adulta e posso engolir tudo e seguir em frente. Mas... É a rota certa? Talvez não... 

Eu não sei as respostas. Mas... Descobrir as perguntas já é um começo não?

Ao meu coração que enterrou todos os meus barcos dos sonhos. Aqui fica, meu lamento...

Aos navios que nunca chegaram ao seu destino, aqui fica meu pesar e as lágrimas que antes não derramei.

sábado, 4 de janeiro de 2025

tão quebrada


"Não toque o seu rosto"
"Não coma assim"
"não ria alto, não fale assim, não pode, não... não, não!"

Quando percebi eu já era tão modificada que nunca soube quais eram minhas reais cores, me lembro de dizerem como eu era feia chorando, como era mal educada, em cono era isso e aquilo.

Eu achava incrível quando alguma palavra doce me era dita.

"você fala bem"
"Você fala como um adulto"

Oh, isso era o que eu mais amava de ouvir. Mas aos poucos se tornou.

"Ela fala difícil, eu não entendo nada"

Aos poucos eu não sabia para onde ir para ter migalhas de amor e atenção. Então devagar tentei ser medíocre para me destacar, mas lá no fundo eu odiava o reflexo que surgia de mim mesma...


Cabelos longos prateados e uma pele alva e corpo pequeno e magro. Esse oposto da pele bronzeada suavemente, cabelos negros longos e olhos escuros faziam com que eu acreditasse que seria melhor assim.

Devagar fui modelando buscando mais e mais formas que alguém olhasse e visse meu defeito. Eu quero um tiro na perna, olhos sem ver, uma garganta que não pode gritar, alguém me dê uma marca visível. Uma ferida gritante... Era o que eu berrava na adolescência.


Mas... Hoje em dia eu só quero alguém que me ajude faça a dor ir embora. Uma mente mais limpa sem estar nublada nas emoções. Quero mais pessoas como eu, não quero estar só...

Cheguei a pensar me meter em problemas apenas para por um fim em tudo. Cheguei já irritar e embebedar uma pessoa e apoiar suas maos em meu pescoço e implorar que desse fim á essa existência miserável...

Eu era ... Eu sou.... Tão quebrada...


Desejando o amor loucamente.
Atualmente sou amada. Mas isso não curou a dor e nem tornou minha mente saudável. O amor que achei que seria a minha cura não é o bastante... Por que? Eu não sou o bastante?


O que aconteceu? Por que sou assim? Tenho 30 anos em breve e sem espectativas de melhorar e ser diferente... Ninguém pode me salvar?

Por que é tão doloroso?

Pelo que estou pagando? O que eu fiz de errado? Para onde devo ir?

Por que sou essa coisa quebrada?...
Eu adoraria saber cantar. Mas infelizmente sem professores tudo que aprendi foi escrever e tentar... Tentar ser excelente nisso ao me expressar...mas sinceramente...eu queria era ser mais verbal...


Cale-se!!! Você é horrível! Cale a boca!


Eles riem. E eu apenas fico quieta sentindo algo em mim quebrando... Algo em mim...


Esta quebrado...