Vagando pelas ruas escuras esta um ser encapuzado, sentindo-se impuro e imundo. Seus passos ecoavam. A capa marrom com as pontas se decompondo, pareciam chamar a atenção de uma pequena jovem de roupas lolita, estava limpa arrumada com cabelos vermelhos sedosos,curtos de olhos azuis. Fitando aquele ser vagar nas ruas.
- É perigoso estar esta hora na rua criança...
Esta voz suave e calam ecoava,mostrando-se que a silhueta devia ser de um rapaz,um jovem adulto. A menina,estando na esquina,olhava o rapaz que passava naquela esquina em uma madrugada fria naquela rua deserta.
Ela segura o manto do ser,que se vira e olha a criança,mas antes dele poder reagir,poder gritar,gemer ou qualquer ação. A pequenina cria pálida da noite, passa a foice sem eu peito com violência,destreza e vigor. Fazendo o sangue jorrar e o corpo imóvel cair no solo. Os cabelos negros até a nuca se revelavam, se espalhar no solo gelado,pois o capuz descera,revelando os cabelos com grandes e belas orelhas felpudas caninas no topo da cabeça,uma longa cauda na capa entre aberta,um corte horrendo no peito,com suas roupas esfarrapadas de mordomo.
Revelando sua face pálida. Os olhos verdes claros quase sem vida olhavam com calma os olhos vermelhos demoníacos da Deusa da morte,Shinigami,que mostra se deliciar com seu cinematic. Seu filme cinematográfico de sua vida.
Suspirando,perdendo lentamente sua vida que se esvaia,o rapaz de ar delicado e fraco vê diante de si,a sua vida que em segundos foi resumida. Uma vida sofrida,uma vida...Uma mera vida...
Em uma floresta qualquer uma jovem híbrida de longos cabelos prateado dá á luz á dois bebês. Um híbrido de cabelos e pelos brancos e um de pelos negros. Mas um deles,o de pelos negros a parteira humana achou estar morto ou muito fraco.
Secretamente esta humana idosa abandona o recém nascido na floresta sem sua mãe ou o pai do pequeno saber sequer de sua existência.
Muitas desventuras levam por fim para um templo,onde monges escravizam os híbridos. Bem cuidado pro ser manso e educado,o pequeno e sua parceira são bem tratados,ele e sua parceira,Yuki,sua amada parceira e amiga.
A pequena híbrida certo dia quando caminhava com ele,Ryo Yuu,ambos são atacados por alguém que os atinge na nuca. Inconsciente,ficou largado estando nu na grama,acordando com um corpo abusado e gravemente ferido de sua amada,se banha de sangue gritando seu nome e tentando fazê-la despertar,a sacudindo e estando aos prantos. Conhecendo assim pela primeira vez aos 8 anos,a dor de perder alguém e também o que sobra após o delicioso e gélido beijo da morte.
Escravizado até seus 20 anos,em um quartos em luz,sem anda além de comida que davam pro baixo de uma porta,condenado por um ato que não fez. Temido,odiado por sua espécie,sem saber o que aconteceu ao certo,apenas sabendo,que jamais veria sua amada novamente.
Apesar de achar ter 8 anos,se passou 12 anos naquele quarto escuro. Saindo deste após uma rebelião que posteriormente soube que sua mãe causou e o libertou,sem saber disso.
A conheceu tempos depois,conhece seu pai,e tem um encontro dramático de ser agredido aos e aproximar deste,pois este achava não ser cria sua,e sim fruto de uma traição. Mas posteriormente este irá se redimir muitos anos depois,mas enquanto isso não ocorre, vaga imundo pelas ruas,conhecendo um homem,seu mestre,um demônio frio da qual lhe deu seu coração.
Mas antes de tal decisão já sentiu o prazer do corpo de um homem amar o de uma mulher,sentir,tocar,desejar,mas acima de tudo respeitar,respeitar até o momento de ser chutado como um cachorro. Ou de ser esnobado pela amada como um mero servo,como um mero...nada.
Mas que após tantas confusões,rendeu-se ao amor que recebia de quem servia,seu amor crescerá com o tempo,tanto que começou o amar tão intensamente que não ligava mais para o que era. Passou viver como casal,tendo até um filho que contem o sangue de ambos,pois este assume a forma de mulher por quase 8 anos.
Sofre um baque,poucos meses após voltar sua forma masculina original, o vendo em uma relação intima com outro ser,algo intimo demais para seus olhos claros que se corrompem pela escuridão,se tornando mais escuros.
A traição vista,fez o rapaz mudar sua forma de ser e nunca mais ser o mesmo. Pois apesar de muitos baques e ao decorrer da vida ter visto muitas coisas,nenhuma delas o marcou tanto.
E atualmente vagava por ruas em busca de afeto,de amor. Era e ainda é um mero híbrido LOVELESS,sem amor,um híbrido sem nada,sem honra, usado,chutado,ferido e desprezado,estando sempre á margem da sociedade e agora,esta perdendo sua vida lentamente.
Um rapaz,que viveu como escravo,como mulher,como cão,como nada,como verme e como príncipe. Um mero ser sem amor,ao menos,sem saber amar e entender o amor de quem ama,um ser,abandonado,confuso e perdido que cruza numa deserta uma garota e faz este,se manchar-se de vermelho.
O filmes se acaba com a deusa olhando os olhos verdes do rapaz,estando a falecer devagar,mas suspirando com dificuldade,mas ainda sorrindo,sem gritar,sem gemer,sem lutar. Pois este mostrava,que gritar contra um deus da morte que já o tinha imobilizado e agora avaliava sua alma,era loucura ser contra.
Podia ouvir o silêncio noturno se quebrar com a voz,doce e delicada,não tão infantil e irritante,algo neutro,nem mulher e nem menina,algo mais...feminino apenas.
-Amor...è por isso que luta tanto para viver e para não achar o beijo eterno da morte? Você viveu toda esta dor em busca de alguém para saciar sua carne e acariciar seus cabelos? Pobre cão sem dono...jamais por amado...jamais...será amado...agora é seu fim...pobre alma...
Os olhos do híbrido mostravam um suave sorriso,o golpe de misericórdia,parecia aguardar isso,o seu suspiro final,o seu último segundo de vida,não reclamava. Ele era uma alma que devia ter sido recolhida muito tempo atrás,mas...estranhamente não foi. A moça entendeu,ele não temia a morte,pelo contrário,a abraçava,a beijava,a amava de tal forma,que esta,não queria levá-lo agora,queria,queria ser sua eterna amante. Amante se um híbrido,um ser nem um cão e nem gato,nem demônio e nem humano,um mero Híbrido,servo de outros seres,servo humilde que pede em troca,amor...
Ele amava a morte,e entendia,que ele sentia a morte da forma que ela como mensageira jamais poderia entender. Suspirou. Aquele rapaz a ensinou muito,ensinou tudo que muitos não sabem. Ensinou o que em 28 anos,muita gente levava séculos. Ela apoiava a mão no peito deste e o beijou,selou os lábios carinhosamente.
Um beijo cálido em vês de gélido,um beijo doce e suave,fazendo seu temor por mulheres por um breve instante se dissipar. Esta cariciou sua face,enquanto este lentamente fechava os olhos,adormecendo ingenuamente como uma criança naquele asfalto,parecia um recém nascido abandonado. Ia lentamente repondo o cinematic em seu peito. Acariciou a face,não ceifou sua alma. E ao solo frio e solitário,abandonou o rapaz,desaparecendo na escuridão na noite,dando uma ultima olhada.
Suspirava,ele era puro e corrompido,puro em alguns aspectos,tolo e infantil,além de corrompido e cruel,mas desta mistura,a deusa da morte mostrou-se encantada. Mas,sabia que nada além daquele beijo conseguiria dele,afinal,ela ou ele,tinham seus destinos traçados,seus amados determinados e impostos pela vida e o destino.
Abandonou o rapaz,que parecia não saber ser mulher ou homem. Viverá como cão,viverá seguindo cegamente ordens,implorando migalhas de amor para sustentar sua fome insaciável.
Tudo que aquele rapaz queria,era amar e ser amado. Tudo então a bondosa deusa da morte lhe deu uma segunda chance. Uma segunda chance ao ser que despertou ao amanhecer.
Sorriu ao ver que era de manhã,se levantou atordoado e em passos rastejantes,em trapos,caminhou naquele mundo imundo e impuro. Mas onde buscava o seu puro e amado amor. Ou talvez,apenas fazer com que este ser que amava,percebesse o quanto precisava de um pequeno afago deste...
Ele era seu mundo,seu mundo,era ele...Então,decidiu desbravar novos mundos. Ou apenas achar suas respostas...
Era um homem afeminado? Ou uma mulher num corpo de homem?Ou mesmo uma mulher masculinizada?
Homem...ou mulher? Não sabia,apenas sabia,que amava,mas não sentia amor...
Homem...ou mulher?
